Você sente que as pernas pesam mais do que deveriam no fim do dia?
Já percebeu uma sensação de queimação, um cansaço localizado ou até veias azuladas começando a surgir?
Esses sinais — que muitas vezes são ignorados, atribuídos ao calor ou à rotina puxada — podem ser os primeiros indícios de um quadro comum, mas frequentemente subestimado: as varizes nas pernas.
E é justamente porque elas são comuns que a gente precisa falar sobre elas com mais profundidade.
Neste conteúdo, vamos abordar:
- Por que as pernas são tão afetadas
- Como se apresenta a evolução clínica das varizes nesta região
- Os tratamentos mais indicados
- E as dúvidas mais frequentes relacionadas a remédios, cremes e sintomas pós-procedimento
Siga com a leitura 🙂
Por que as pernas?
Entre todas as regiões do corpo, é nas pernas que as varizes mais aparecem. E isso não é coincidência.
O sangue que circula por elas precisa fazer o caminho de volta até o coração (contra a gravidade). Para isso dar certo, depende de um trabalho bem coordenado entre válvulas venosas, veias elásticas e músculos da panturrilha funcionando como bombas.
Mas esse sistema, por mais engenhoso que seja, também é vulnerável. E é nas pernas que ele é mais exigido.
Quando ficamos muito tempo em pé, sentados, com pouca movimentação ou estamos com sobrepeso, a pressão dentro das veias aumenta. E se as válvulas venosas começarem a falhar, o sangue se acumula.
É aí que começam os primeiros sintomas…
Como as varizes nas pernas costumam começar?
Na maioria das vezes, as varizes nas pernas começam com alguns desconfortos: uma queimação leve, um formigamento, uma perna que cansa mais do que a outra.
Esses incômodos marcam o início do quadro de insuficiência venosa nos membros inferiores. E, geralmente, as veias mais envolvidas nesse processo são as do sistema venoso superficial, principalmente:
- Veia safena magna
- Veia safena parva
- Veias colaterais superficiais
Quando essas veias começam a perder sua função — seja por fragilidade estrutural, refluxo ou falência das válvulas internas —, o sangue deixa de seguir seu curso natural e começa a se acumular, gerando os primeiros sintomas.
Os sintomas clássicos incluem:
- Sensação de peso ou queimação no final do dia
- Inchaço discreto, que melhora ao elevar as pernas
- Cãibras noturnas
- Coceira ou pele mais sensível ao redor dos tornozelos
Se ignorados, esses sinais evoluem para o que se vê com mais clareza: as veias que se tornam visíveis, dilatadas, tortuosas.
E aqui é importante dizer que nem toda veia invisível está saudável — e nem toda veia aparente é doente.
O que orienta a conduta não é a aparência, e sim o comportamento da circulação.
Se quiser entender melhor o que são varizes de forma geral — incluindo graus, causas sistêmicas e tipos de tratamento — recomendo a leitura desse conteúdo: “Varizes: o que são, causas, sintomas e tratamentos (sem dor)”
O que causa as varizes nas pernas?
As causas são muitas, e raramente vêm sozinhas.
Existe uma predisposição genética importante: quem tem histórico familiar de varizes, têm maior chance de desenvolver um quadro de varizes.
Mas os hábitos de vida têm um papel determinante:
- Ficar muito tempo parado (em pé ou sentado)
- Falta de movimentação muscular (sedentarismo)
- Sobrepeso
O que esses fatores têm em comum? Todos eles sobrecarregam o retorno venoso. E quando isso acontece nas pernas — a região mais distante do coração — as veias perdem força, dilatam e começam a falhar.a região mais distante do coração — as veias perdem força, dilatam e começam a falhar.
E quando as pernas queimam?
Às vezes é uma dor que arde, queima, pulsa.
Piora no calor.
Tira o sono.
Leva embora a leveza de andar, de trabalhar, de simplesmente ficar de pé no banho.
Essa queimação nas pernas é, muitas vezes, um sinal de que a insuficiência venosa já não é mais leve. Nesse estágio, o sangue começa a se acumular, provocando inflamação na parede das veias e, consequentemente, comprometendo a drenagem local.
Essa sensação pode persistir mesmo após o tratamento, especialmente nos primeiros dias pós-procedimento.
É o que chamamos de queimação nas pernas após cirurgia de varizes. Costuma ser leve, localizada e transitória.
Em geral, ela melhora com repouso, analgesia simples e compressas frias. Se a dor for intensa, persistente, acompanhada de vermelhidão ou endurecimento do local, o ideal é retornar ao médico para avaliação.
E como tratar varizes nas pernas?
Não existe um único tratamento válido para todos os casos.
Por isso, o que define a melhor abordagem é o mapeamento venoso.
Esse processo inclui exame físico e, além disso, um ultrassom com Doppler, que mostra se há refluxo, em qual veia, com que intensidade e em que região da perna.
A partir desse diagnóstico, o tratamento pode incluir:
- Diferentes tipos de escleroterapia (líquida, espuma, laser transdérmico): especialmente indicada para vasos menores.
- Laser e radiofrequência: recomendados quando a veia safena está envolvida.
- Cirurgia convencional: embora mais invasiva, ainda é válida em muitos casos, com bons resultados.
Existe também o uso das meias de compressão, parte do que chamamos de tratamento clínico. Elas não eliminam as varizes, mas ajudam a aliviar os sintomas e a prevenir a progressão do quadro.
Remédio para varizes e dores nas pernas funciona?
Funciona para aliviar sintomas, não para curar as varizes nas pernas.
Flebotônicos (como a diosmina e a hesperidina) ajudam a reduzir inchaço, dor, peso e desconforto. Por isso, são indicados em dois cenários:
- Como coadjuvante após procedimentos
- Para casos leves com boa resposta clínica
Mas é importante lembrar: remédio não fecha varizes. Ele melhora o “como você sente”, não o “o que está acontecendo”.
E creme para varizes nas pernas?
A lógica é parecida: nenhum creme tem ação suficiente para agir na parede interna das veias.
Alguns podem ajudar com a hidratação da pele ou com uma sensação de frescor momentânea, especialmente em dias quentes ou após longos períodos em pé.
Mas não eliminam nem tratam as varizes nas pernas.
Se usados, devem ser complementares, jamais substitutos de um tratamento adequado — e, de preferência, com indicação profissional, para evitar efeitos colaterais ou desperdício de tempo e dinheiro.
Para tratar varizes nas pernas, é preciso ir ao hospital?
Não. Na imensa maioria dos casos, o tratamento das varizes nas pernas é feito em consultório ou em ambiente ambulatorial.
Procedimentos como escleroterapia com espuma, laser transdérmico e, além disso, até a termoablação por radiofrequência ou laser endovenoso (em casos de comprometimento da veia safena) são minimamente invasivos, seguros e, o melhor, podem ser realizados sem necessidade de internação.
Além disso, com anestesia local e recuperação rápida, o paciente volta para casa no mesmo dia, sem precisar de hospital, centro cirúrgico complexo ou afastamento prolongado.
O mais importante é que tudo seja feito com avaliação precisa, protocolo adequado e, sobretudo, em um espaço estruturado — como deve ser todo consultório vascular que preza pela segurança e pelo conforto do paciente.
Varizes nas pernas voltam depois de tratadas?
Não. Quando tratamos uma veia, ela não “renasce”.
O que pode acontecer — e às vezes gera a sensação de que “voltou tudo” — é que outras veias, ainda saudáveis, podem futuramente desenvolver refluxo, especialmente se fatores de risco se mantiverem.
A chance de isso acontecer depende de:
- Fatores genéticos
- Manutenção de hábitos de risco
- Falta de acompanhamento após o tratamento
Por isso, é tão importante manter um acompanhamento vascular, mesmo depois de sentir alívio dos sintomas.
O que fazer se você está sentindo isso agora?
Se você está aqui porque já sente peso, queimação, inchaço ou percebeu mudanças nas suas pernas, o melhor caminho é simples: investigar.
Quanto antes um quadro de varizes nas pernas for identificado, mais leve tende a ser o tratamento.
E, por fim, se o que te impede de buscar ajuda é o medo da dor, é importante que você saiba que, hoje, existem recursos que transformam completamente a experiência.
Um deles é o óxido nitroso, uma técnica de sedação consciente que elimina o desconforto e deixa o tratamento MUITO mais leve — sem perda de consciência e com recuperação imediata.
Aqui no meu consultório, em Recife, sou habilitada para utilizar essa sedação e, além disso, ofereço uma estrutura segura, ética e acolhedora para cuidar da sua circulação.
Se quiser entender melhor, tirar dúvidas ou agendar uma consulta, entre em contato.