Quando falamos em varizes, muita gente imagina aqueles vasinhos finos, quase imperceptíveis, que aparecem nas pernas com o tempo.
Mas quem convive com varizes grossas sabe que a história é bem diferente.
Elas doem, pesam, queimam…
E não é só dor física.
É o incômodo emocional de mudar o jeito de se vestir, evitar espelhos, dormir mal, adaptar a rotina no trabalho.
Também é esconder a perna até de si mesma.
Ou acreditar que “não é hora ainda” — quando, na verdade, já passou da hora de cuidar.
O problema é que, por muito tempo, o imaginário coletivo restringiu esse tipo de varizes a uma só saída: cirurgia.
E se você já ouviu que “a única solução é arrancar a veia”, este conteúdo é pra você.
Continue a leitura. O que vem a seguir pode mudar completamente o que você acredita sobre varizes grossas.
O que são, afinal, varizes grossas?
Varizes grossas são veias dilatadas de maior calibre, visíveis a olho nu, que indicam um grau mais avançado de insuficiência venosa.
São diferentes dos microvasos (também chamados de telangiectasias) e costumam estar associadas a um refluxo mais importante, especialmente em veias maiores como a safena magna, a safena parva e suas colaterais.
Elas não surgem de um dia pro outro. E o corpo dá sinais: peso, queimação nas pernas, inchaço no fim do dia, cãibras noturnas. Em muitos casos, esses sintomas aparecem antes da veia saltar na pele.
O que causa as varizes grossas?
A origem é multifatorial. E aqui está um ponto importante: não basta culpar a genética.
Embora o histórico familiar tenha peso, o estilo de vida tem um papel central na progressão do quadro.
Ficar muitas horas em pé, sedentarismo, obesidade, gestação e envelhecimento natural das veias contribuem para a perda de função das válvulas internas que mantêm o sangue circulando na direção certa.
Quando essas válvulas falham, o sangue “volta”, se acumula, e a veia dilata.
É esse refluxo que faz com que as varizes nas pernas deixem de ser apenas estéticas e passem a ser um problema clínico real.
Varizes grossas têm tratamento?
Sim. E essa é uma das coisas mais importantes que você vai ler aqui: varizes grossas têm tratamento sim, e não, nem sempre é cirurgia.
O primeiro passo é entender qual veia está envolvida, o grau do refluxo e os sintomas que ela provoca. Isso se faz por meio do mapeamento venoso com Doppler, que mostra se há refluxo, em qual veia, com que intensidade e em que região da perna.
A partir daí, o tratamento pode incluir várias opções — como, por exemplo, o endolaser, que hoje é considerada uma das técnicas mais modernas e eficazes para tratar varizes grossas.
Se quiser entender melhor por que o endolaser é uma das melhores opções disponíveis, clique aqui para ler: “O que ninguém te contou sobre o endolaser para varizes (mas você precisa saber antes de tratar)”.
Inclusive, aqui no consultório, uso sedação à base de óxido nitroso. Isso garante um tratamento sem dor, sem traumas… e com tanto conforto que muitos pacientes chegam a dormir durante o tratamento.
“Mas não tem nenhum remédio caseiro?”
Quem sente dor, queimação nas pernas ou já passou por um procedimento frustrante — ou pior, extremamente doloroso — costuma buscar alternativas mais leves. E eu entendo.
Compressas frias, elevar as pernas, usar meias de compressão e até alguns chás com ação anti-inflamatória podem trazer alívio temporário.
Mas é preciso ser sincera: nenhum remédio caseiro vai eliminar varizes grossas.
Afinal, o problema está na estrutura da veia, e isso requer uma abordagem médica, com diagnóstico preciso e tratamento direcionado.
Varizes grossas podem romper? E se isso acontecer?
É um medo que quase ninguém verbaliza, mas que muita gente sente.
Quando as varizes estão muito dilatadas, com a pele afinando sobre elas, é comum surgir a dúvida:
“E se essa veia estourar?”
A verdade é que, sim, varizes muito calibrosas, superficiais e mal acompanhadas podem romper — geralmente em situações de trauma, calor excessivo ou até espontaneamente, especialmente em idosos ou pessoas com pele mais frágil.
O sangramento é visível, pode assustar, e exige atenção médica. Em geral, ele é controlável, mas o rompimento é um sinal claro de que o quadro já passou do ponto de ser ignorado.
Por isso, vale o alerta: se suas varizes estão crescendo, mudando de cor, ficando endurecidas ou muito próximas da pele, não espere. Buscar avaliação antes de uma complicação é sempre o melhor caminho.
E a queimação nas pernas? Vai embora?
A queimação nas pernas é um dos sintomas mais comuns — e costuma melhorar bastante com o tratamento adequado. Mas, em alguns poucos casos, pode persistir por alguns dias após o procedimento.
Isso é esperado, por conta do processo inflamatório provocado pela própria intervenção, e tende a melhorar em alguns dias.
Dor leve ou desconforto após a cirurgia são efeitos possíveis. Já dores intensas, persistentes ou acompanhadas de endurecimento ou vermelhidão são sinais de que algo não está certo — e, sim, é preciso avaliar.
O que a cirurgia vascular pode te oferecer que a internet não mostra?
Enquanto boa parte da internet repete fórmulas prontas e receitas caseiras para varizes nas pernas, o cirurgião vascular vê o quadro como ele realmente é: único, multifatorial e dinâmico.
A avaliação especializada permite:
- Entender o que está causando suas varizes, e não só tratar o sintoma.
- Escolher o melhor tratamento, com base em exames.
- Reduzir riscos, otimizar resultados e melhorar sua qualidade de vida a longo prazo.
Se quiser entender melhor o papel da veia safena, a relação com refluxos importantes e como ela impacta o tratamento, recomendo a leitura deste conteúdo complementar: “Veia safena tem a ver com varizes? Depende (e aqui está o porquê)”
Adiar o cuidado tem um custo — físico, emocional e prático
Muita gente passa anos adaptando a rotina à dor: evita caminhar, muda o jeito de vestir, aceita noites mal dormidas, disfarça a perna nas fotos.
Tudo por medo de ouvir que “só a cirurgia resolve”.
Mas, na maioria das vezes, o tratamento é mais leve, mais simples e mais confortável do que parece.
Se for o seu caso, posso te ajudar.
Se você está em Recife — ou, ainda, quer entender melhor seu quadro —, saiba que estou à disposição.
Por aqui, a avaliação é feita com calma, escuta e clareza, justamente para que você se sinta segura desde o início.
Além disso, trabalhamos com métodos modernos, sem dor e com foco no que realmente importa: sua saúde, seu conforto e sua confiança no tratamento. Entre em contato.