Varizes grossas: têm tratamento sim (e está bem longe de ser só cirurgia)

Dra. Catarina Almeida

Dra. Catarina Almeida

Médica especializada em Cirurgia Vascular, Endovascular e Tratamento de Varizes.

Antes e depois do tratamento de varizes grossas em perna feminina, mostrando melhora visível na aparência da pele

Quando falamos em varizes, muita gente imagina aqueles vasinhos finos, quase imperceptíveis, que aparecem nas pernas com o tempo.

Mas quem convive com varizes grossas sabe que a história é bem diferente.

Elas doem, pesam, queimam…

E não é só dor física.

É o incômodo emocional de mudar o jeito de se vestir, evitar espelhos, dormir mal, adaptar a rotina no trabalho.

Também é esconder a perna até de si mesma.

Ou acreditar que “não é hora ainda” — quando, na verdade, já passou da hora de cuidar.

O problema é que, por muito tempo, o imaginário coletivo restringiu esse tipo de varizes a uma só saída: cirurgia.

E se você já ouviu que “a única solução é arrancar a veia”, este conteúdo é pra você.

Continue a leitura. O que vem a seguir pode mudar completamente o que você acredita sobre varizes grossas.

O que são, afinal, varizes grossas?

Duas pernas femininas com varizes grossas na imagem à esquerda e aparência significativamente melhorada na imagem à direita, após tratamento

Varizes grossas são veias dilatadas de maior calibre, visíveis a olho nu, que indicam um grau mais avançado de insuficiência venosa.

São diferentes dos microvasos (também chamados de telangiectasias) e costumam estar associadas a um refluxo mais importante, especialmente em veias maiores como a safena magna, a safena parva e suas colaterais.

Elas não surgem de um dia pro outro. E o corpo dá sinais: peso, queimação nas pernas, inchaço no fim do dia, cãibras noturnas. Em muitos casos, esses sintomas aparecem antes da veia saltar na pele.

O que causa as varizes grossas?

A origem é multifatorial. E aqui está um ponto importante: não basta culpar a genética.

Embora o histórico familiar tenha peso, o estilo de vida tem um papel central na progressão do quadro.

Ficar muitas horas em pé, sedentarismo, obesidade, gestação e envelhecimento natural das veias contribuem para a perda de função das válvulas internas que mantêm o sangue circulando na direção certa.

Quando essas válvulas falham, o sangue “volta”, se acumula, e a veia dilata.

É esse refluxo que faz com que as varizes nas pernas deixem de ser apenas estéticas e passem a ser um problema clínico real.

Varizes grossas têm tratamento?

Médica realizando procedimento para tratar varizes grossas na perna de paciente


Sim. E essa é uma das coisas mais importantes que você vai ler aqui: varizes grossas têm tratamento sim, e não, nem sempre é cirurgia.

O primeiro passo é entender qual veia está envolvida, o grau do refluxo e os sintomas que ela provoca. Isso se faz por meio do mapeamento venoso com Doppler, que mostra se há refluxo, em qual veia, com que intensidade e em que região da perna.

A partir daí, o tratamento pode incluir várias opções — como, por exemplo, o endolaser, que hoje é considerada uma das técnicas mais modernas e eficazes para tratar varizes grossas.

Se quiser entender melhor por que o endolaser é uma das melhores opções disponíveis, clique aqui para ler:  “O que ninguém te contou sobre o endolaser para varizes (mas você precisa saber antes de tratar)”.

Inclusive, aqui no consultório, uso sedação à base de óxido nitroso. Isso garante um tratamento sem dor, sem traumas… e com tanto conforto que muitos pacientes chegam a dormir durante o tratamento.

“Mas não tem nenhum remédio caseiro?”

Quem sente dor, queimação nas pernas ou já passou por um procedimento frustrante — ou pior, extremamente doloroso — costuma buscar alternativas mais leves. E eu entendo.

Compressas frias, elevar as pernas, usar meias de compressão e até alguns chás com ação anti-inflamatória podem trazer alívio temporário.


Mas é preciso ser sincera: nenhum remédio caseiro vai eliminar varizes grossas.

Afinal, o problema está na estrutura da veia, e isso requer uma abordagem médica, com diagnóstico preciso e tratamento direcionado.

Varizes grossas podem romper? E se isso acontecer? 

É um medo que quase ninguém verbaliza, mas que muita gente sente.

Quando as varizes estão muito dilatadas, com a pele afinando sobre elas, é comum surgir a dúvida:

“E se essa veia estourar?”

A verdade é que, sim, varizes muito calibrosas, superficiais e mal acompanhadas podem romper — geralmente em situações de trauma, calor excessivo ou até espontaneamente, especialmente em idosos ou pessoas com pele mais frágil.

O sangramento é visível, pode assustar, e exige atenção médica. Em geral, ele é controlável, mas o rompimento é um sinal claro de que o quadro já passou do ponto de ser ignorado.

Por isso, vale o alerta: se suas varizes estão crescendo, mudando de cor, ficando endurecidas ou muito próximas da pele, não espere. Buscar avaliação antes de uma complicação é sempre o melhor caminho.

E a queimação nas pernas? Vai embora?

A queimação nas pernas é um dos sintomas mais comuns — e costuma melhorar bastante com o tratamento adequado. Mas, em alguns poucos casos, pode persistir por alguns dias após o procedimento. 

Isso é esperado, por conta do processo inflamatório provocado pela própria intervenção, e tende a melhorar em alguns dias.

Dor leve ou desconforto após a cirurgia são efeitos possíveis. Já dores intensas, persistentes ou acompanhadas de endurecimento ou vermelhidão são sinais de que algo não está certo — e, sim, é preciso avaliar.

O que a cirurgia vascular pode te oferecer que a internet não mostra?

Enquanto boa parte da internet repete fórmulas prontas e receitas caseiras para varizes nas pernas, o cirurgião vascular vê o quadro como ele realmente é: único, multifatorial e dinâmico.

A avaliação especializada permite:

  • Entender o que está causando suas varizes, e não só tratar o sintoma.
  • Escolher o melhor tratamento, com base em exames.
  • Reduzir riscos, otimizar resultados e melhorar sua qualidade de vida a longo prazo.

Se quiser entender melhor o papel da veia safena, a relação com refluxos importantes e como ela impacta o tratamento, recomendo a leitura deste conteúdo complementar: Veia safena tem a ver com varizes? Depende (e aqui está o porquê)

Adiar o cuidado tem um custo — físico, emocional e prático

Pernas femininas saltando em uma calçada ao ar livre durante o pôr do sol

Muita gente passa anos adaptando a rotina à dor: evita caminhar, muda o jeito de vestir, aceita noites mal dormidas, disfarça a perna nas fotos.

Tudo por medo de ouvir que “só a cirurgia resolve”.

Mas, na maioria das vezes, o tratamento é mais leve, mais simples e mais confortável do que parece.

Se for o seu caso, posso te ajudar.

Se você está em Recife — ou, ainda, quer entender melhor seu quadro —, saiba que estou à disposição.

Por aqui, a avaliação é feita com calma, escuta e clareza, justamente para que você se sinta segura desde o início.

Além disso, trabalhamos com métodos modernos, sem dor e com foco no que realmente importa: sua saúde, seu conforto e sua confiança no tratamento. Entre em contato.

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