Escleroterapia é a destruição da parede interna das veias através da ação química de agentes esclerosantes. Após o tratamento bem sucedido, a veia se transforma em um cordão fibroso (processo conhecido como esclerose) e poderá ser posteriormente absorvida pelo nosso organismo.
Apesar de ser um procedimento seguro, as aplicações não estão livres de complicações. E, para manter a segurança dos pacientes, precisamos saber quem pode ou não fazer escleroterapia.
São contra-indicações a escleroterapia:
– Alergia ao agente esclerosante (o líquido ou a espuma utilizado no procedimento)
– Trombose venosa profunda ou embolia pulmonar recente
– Infecção ativa no local do tratamento
– Pacientes acamados
– Pacientes portadores de forame oval patente (para tratamentos de espuma)
– Gestantes e mulheres amamentando (aconselha-se interromper a amamentação por 2 a 3 dias)
Existem ainda situações que não contraindicam o tratamento, mas nos fazem pesar o risco x benefício do procedimento e, caso optemos em tratar, ter cuidado redobrado. Vou listar as situações abaixo:
– Portadores de doença arterial periférica ou múltiplas doenças graves
– Pacientes com predisposição a alergias ou tromboflebite superficial recente
– Pacientes com alto risco de tromboses (trombofilias, história de tromboses prévias, câncer)
– Pacientes com história de distúrbios neurológicos ou enxaqueca após tratamentos com espuma
Por isso, para saber o melhor tratamento para cada paciente, é fundamental a consulta. Toda semana escuto a frase: “Ah, mas precisa fazer consulta? Eu só quero fazer aplicação.”
Mas as contra-indicações só sabemos conversando com o paciente, perguntando sobre seu passado, histórias de tratamentos anteriores e doenças associadas para identificar pacientes de risco para complicações.
Além disso, algumas vezes o tratamento que a paciente deseja não é a melhor opção a ser feita. Seja por risco de manchas ou a veia pode ser melhor tratada de outra forma e principalmente pela presença de veias nutridoras além dos vasinhos e que devem ser incluídas no tratamento – que acontece em 80% dos casos.
Portanto, nada como uma boa conversa para evitar resultados indesejados!